Projeto que estimula o hábito e o prazer pela leitura e escrita, ampliando a visão de mundo e os conceitos de cidadania dos participantes, por meio do contato direto com o processo de criação artístico-literária e com autores contemporâneos.Já passaram pelo projeto autores como: Ignácio de Loyola Brandão, Arnaldo Antunes, Lourenço Diaféria, Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar, Ziraldo, Adélia Prado, Walcyr Carrasco, Luiz Puntel, Marina Colassanti, Fernando Bonassi, Ana Maria Machado, Eva Furnari, Fanny Abramovith, Pedro Bandeira, Ricardo Azevedo, Menalton Braff, Fabrício Carpinejar, Daniel Munduruku, Marçal Aquino, Rubem Alves, César Obeid, Heloisa Prieto, Ricardo Filho, Mary França e Eliardo França.
Durante os meses de setembro, outubro e novembro, mais um módulo do projeto realiza-se, dessa vez, com a escritora e ilustradora Eva Furnari.

21 agosto 2008

Notícias da Bienal - 15 de agosto de 2008

LITERATURA INDÍGENA É DISCUTIDA NO FAZER LITERÁRIO
O escritor Daniel Munduruku foi um dos convidados do projeto do Sesc São Paulo neste segundo dia da Bienal do Livro.

Nativo dos Mundurukus, Daniel levou ao público o olhar indígena sobre a sociedade, além de contar um pouco da história do índio no Brasil e esclarecer dados sobre sua nação.
“As pessoas tem um conceito errado, muitas vezes até repassado nas escolas, sobre a origem e a cultura do índio. O papel da literatura de gênero vem justamente tentar ajustar essa imagem”, comentou.
Segundo ele, todas essas mudanças que ocorrem no mundo, aliadas à tecnologia, e a permanência desse pensamento sobre os nativos geram uma crise de identidade entre os indígenas.
“O povo indígena teve que se adaptar à sociedade, mas todos os dias se impõe e se organiza para manter a sua cultura, respeito e conhecimento adequado”, explicou.
Daniel propôs ainda ao público que descobrisse qual o único dos 27 Estados brasileiros que não tem a presença de uma nação de índios. Em meio a várias tentativas, Munduruku respondeu que era o Estado do Piauí.
“Muitas pessoas pensam logo em alguma região do sul, mas não sabem que lá tem uma das maiores comunidades indígenas”, comentou.
Daniel é formado em Filosofia e mestrando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo. Foi professor da rede estadual e particular de ensino e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo.
O autor esteve na Europa diversas vezes como convidado em conferências sobre a cultura indígena e ministrou oficinas culturais.
É professor da Fundação Peirópolis e autor de Meu avô Apolinário, Coisas de Índio, Histórias de Índio e O Banquete dos Deuses, entre outros.
Daniel coordena na Editora Fundação Peirópolis a Coleção Memórias Ancestrais, série de livros infantis que resgata mitos e lendas das diversas nações indígenas brasileiras.

Fonte: Site Oficial da Bienal

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